As ações para controle de mosquitos transmissores ou não da dengue são múltiplas e requerem estratégias diferenciadas nas diversas fases de vida do mosquito e nas situações de transmissão. Dentre as fundamentais, preconizadas pelo programa BIODENGUE de controle de mosquitos, destaca-se a necessidade da redução da população do Aedes aegypti, na sua fase adulta como medida de bloqueio e prevenção da transmissão da dengue e outras doenças associadas ao vetor alvo de combate.
Toda atividade de campo preconiza a situação do controle das fases larvais dos mosquitos, bem como o controle endemiológico da fase adulta do mosquito, exigindo a realização de procedimentos complementares às atividades de rotina já realizada pelos nossos técnicos.
O bloqueio da proliferação de mosquitos se dá principalmente através da aplicação periódica de larvicidas para controle da fase larval e inseticidas, através do uso de equipamento costal motorizado capaz de quebrar as partículas inseticidas em milhões de partes pequenas lançando-as numa velocidade de 300 km/ a fim de mantê-las flutuando no espaço por um período de 15 minutos.
As atividades de rotina têm como principal função reduzir os criadouros do mosquito, empregando-se preferencialmente métodos mecânicos. Os larvicidas, quando indicados, devem ser empregados somente nos recipientes que não possam ser removidos, destruídos, descartados, cobertos ou manipulados de forma que se tornem incapazes de permitir a reprodução do vetor. As ações de rotina, além de contribuir para a redução da infestação por Mosquitos, podem evitar a sua reintrodução em outras áreas.
Atividades de vigilância entomológica devem ser executadas rotineiramente em toda a área sob controle, com a finalidade de levantar os índices de infestação para monitoramento das ações executadas e possíveis redirecionamentos necessários. Períodos de não circulação endêmica (por exemplo inverno) constituem o momento ideal para adoção de medidas visando impedir epidemias futuras. A meta estabelecida para os índices de infestação não podem ser superiores a 1% (zero é o ideal).
As atividades de emergência devem ser tomadas em caso de surtos e epidemias. Nessas situações, as aplicações de inseticida a ultra baixo volume (UBV) são utilizadas para interromper a transmissão (eliminação de fêmeas infectadas ou não), devendo ser programadas para repetições quinzenais. As ações de rotina, (visita pela área infestada, mobilização para remoção de inservíveis, mutirões de limpeza e conscientização) devem ser realizadas concomitantemente ao combate a fase adulta via UBV.
Acompanhar sistematicamente a evolução temporal da incidência de mosquitos em cada área da controlada quinzenalmente e confrontar com os índices de infestação vetorial. Organizando discussões conjuntas com as equipes de controle de vetores e de vigilância, visando a adoção de medidas capazes de reduzir (impedir) a circulação viral em momento oportuno.
A análise dos dados das investigações deve permitir a avaliação da magnitude do problema e orientar/avaliar as medidas adotadas. Deve ser feita sistematicamente, em todos os níveis do sistema, e sua periodicidade deverá ocorrer a cada interação quinzenal programada
A única garantia para que não exista a dengue e outras doenças é a ausência do vetor associado. Embora não esteja determinado o limite abaixo do qual se possa ter a certeza de que não ocorrerão surtos de dengue, este nível deve ser bem próximo de zero. Dessa forma, em áreas com Aedes, Anopheles e Culex, o monitoramento do vetor deve ser realizado rotineiramente para conhecer as áreas infestadas e desencadear as medidas de controle.
Mudanças no meio ambiente que impeçam ou minimizem a propagação do vetor, evitando ou destruindo os criadouros potenciais dos Mosquitos; melhoria de saneamento básico;
No sentido de evitar infestações domiciliar de Mosquitos, através da redução de criadouros potenciais do vetor (saneamento intradomiciliar);
Consiste em tratamento focal (eliminação de larvas), perifocal (em pontos estratégicos de difícil acesso) e por ultra baixo volume (elimina alados) com uso restrito em epidemias.