CONTROLE DE CUPINS — DESCUPINIZAÇÕES

CUPINS DE SOLO OU SUBTERRÂNEOS

Em áreas urbanas, os cupins subterrâneos (de solo ou de concreto) impressionam por sua versatilidade, por exemplo, em edifícios, observou-se que as colônias instaladas nos andares mais altos não necessitam de contato com o solo, uma vez providas de condições adequadas de abrigo e umidade. São regularmente vistos túneis de caminhamento construídos embaixo ou no meio do reboco em paredes de alvenaria, sendo comum cupins esburacarem tijolos maciços de barro, nas paredes atacadas, devido ao fato das edificações urbanas servirem de grande fonte de abrigo e alimentação para a espécie.

Normalmente dentro das paredes são colocados muitos componentes de madeira e materiais compostos de celulose, sem tratamento preventivo e em contato direto com o solo, além disso, em toda edificação, existem enormes aterros onde toda madeira que sobra da construção é enterrada (caixões perdidos), facilitando o ataque e a proliferação de cupins, que por sua vez acabam adentrando pelas paredes dos edifícios através das colunas elétricas hidráulicas dos mesmos.

Outra porta de entrada dos cupins em meios urbanos é feita através da arborização urbana, pois as árvores que são destinadas para este fim, além de estarem em ambiente inadequado, são plantadas e manejadas de forma totalmente errada, possibilitando o ataque de cupins, os quais invariavelmente passam para o interior das edificações.



CUPINS DE MADEIRA SECA

Os cupins desta espécie se instalam e constituem suas colônias dentro de peças de madeira com baixo teor de umidade. São muito comuns em componentes de telhados, batentes, esquadrias, móveis, pisos, janelas, portas e diversas outras peças de madeira. Embora não tenham colônias muito numerosas, um ataque pode causar sérios prejuizos, uma vez que, em geral, a espécie só é detectada quando as partes internas de uma peça de madeira estão em adiantado estado de destruição.

Esta espécie constroe inúmeras galerias dentro da madeira, por onde circulam livremente e produzem pequenos grânulos ovalados (fezes), as quais são acumuladas em uma câmara (cavidade) próxima à superfície da madeira e que, de tempos em tempos, são descarregadas para fora da peça atacada, como forma de limpeza das galerias. Em geral o ataque por este tipo de inseto é detectado pela presença destes grânulos no ambiente.

O cupin de madeira seca é uma praga associada às estruturas de madeira montada ou produtos acabados. Raramente estes insetos atacam madeiras em serrarias ou nos processos de extração, pois nestes locais a madeira não permanece tempo suficiente, salvo quando ficam estocadas por longos períodos, possibilitando a instalação e o desenvolvimento de uma colônia, o que é uma tarefa demorada.


BROCAS DE MADEIRA

Os besouros da madeira são um outro grupo de insetos capazes de provocar estragos em móveis e estruturas de madeira. As brocas são besouros que perfuram a madeira em busca de alimento ou abrigo. Diferentemente dos cupins de madeira seca, esses besouros passam por metamorfose completa, apresentado quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e inseto adulto. São as larvas as responsáveis pelos ataques à mobília e outras peças de madeira.

As larvas da maioria das espécies escavam ativamente a madeira para se alimentar, preferindo peças como as de artesanato, feitas de vime ou cipó. O ciclo de vida completo desses insetos pode ultrapassar um ano, e a fase larval é a mais longa. Em geral, o único dano causado pelos besouros adultos é o buraco que fazem para emergir na superfície da madeira infestada. Os adultos vivem poucas semanas, sendo que após a emergência os besouros se acasalam e a fêmea procura um local (que pode ser a mesma madeira da qual emergiu) para por seus ovos. Algumas brocas colocam seus ovos na superfície da madeira, outras depositam em fendas ou orifícios.

Dos ovos emergem as larvas, que se alimentam da madeira, cavando galerias individuais até chegarem à fase adulta, em geral, os orifícios de abertura das galerias são obstruídos pelas fezes compactadas das larvas as quais os besouros quando atingem a fase adulta, perfuram para emergir à superfície, deixando a madeira infectada coberta por pequenos orifícios arredondados.